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sábado, 5 de setembro de 2009

Analisando a tv - Caminho das Índias

Licenciatura em Artes Visuais 7º bimestre
Tecnologias Contemporâneas na Escola 3
Professor: Christus Nóbrega







A novela Caminho das Índias, de Glória Perez, dirigida por Marcos Schechtman é exibida de segunda a sábado pela Rede Globo de televisão no horário das oito, conhecido como horário nobre.
A história se passa em dois países, Brasil e Índia, narrando situações de amor, religiosidade, desobediência, conflitos familiares, esquizofrenia, desigualdades sociais, traição, chantagem e mentiras. A história central é resultante de amores considerados impossíveis e intrigas. É destinada ao público jovem e adulto por conter fortes cenas de sensualidade e de manifestações de problemas psicológicos.
Os personagens indianos são divididos por classes sociais, os que tem casta e os intocáveis. Um homem de casta não deve chegar perto de um intocável, pois pode ficar impuro e necessita ser purificado por um sacerdote no templo, se passar pela sombra de um dalit (intocável) perde sua sorte.
A religiosidade indiana é constante na novela e se manifesta na cultura e no cotidiano das pessoas. Para cada situação existe um deus diferente. Todos os indianos cumprem rituais para seus deuses em dias determinados. Os astros são responsáveis por guiar o destino de cada um e o é responsável por consultar e interpretar o que dizem os astros é o sacerdote, mas seu serviço é pago.
Quanto à questão política se nota a presença da desigualdade social. Durante essas semanas foi realizada uma eleição para decidir quem representaria o povo indiano e os concorrentes foi uma dalit (Puja) contra um dos homens mais tradicionais da casta dos comerciantes (Opash Ananda). O resultado surpreendeu, pois a dalit venceu com uma pequena diferença de votos. Com isso se observa o início da busca pela igualdade social.
O casamento indiano é feito por meio de acordo entre famílias, não importa se existe amor ou não, pois se trata de um negócio mesmo que os noivos sejam crianças. E os que conseguem casar por amor, precisam realizar algum ritual escondido de suas famílias, senão são rejeitados por elas.
No núcleo brasileiro há a abordagem de uma questão muito complicada a esquizofrenia. O médico responsável pela clínica (Dr. Castanho) é cheio de manias, mas busca ajudar no desenvolvimento dos pacientes da melhor maneira possível, desde a conscientização da família até o acompanhamento do esquizofrênico.
Um dos conflitos geradores da novela é a dos personagens Maya, Bahuan e Raj. Maya é casada com Raj, mas antes teve um romance com um dalit chamado Bahuan, que foi criado por um brâmani e é pai do filho que Raj acredita ser dele e um dos inimigos da família Ananda. Porém Bahuan está noivo de Shivani e os pais da moça sabem do segredo e querem resolver a situação antes do casamento. Raj tem um filho com uma brasileira, Duda, que namorou antes de seu casamento com Maya e não sabe. As crianças nasceram no mesmo dia e em o mesmo nome. Uma situação meio estranha e inacreditável.
Porém Bahuan está noivo de Shivani e os pais da moça sabem do segredo e querem resolver a situação antes do casamento. Raj tem um filho com uma brasileira, Duda, que namorou antes de seu casamento com Maya e não sabe. As crianças nasceram no mesmo dia e em o mesmo nome. E Duda se casa com Lucas, que assume o filho como seu. Uma situação meio estranha e inacreditável. Com isso todos os personagens que contracenam juntos vão descobrindo o segredo e tentando esconder ou tirar proveito da situação.
O padrão de beleza indiano é a mulher cheia de jóias e que saiba dançar bem. O padrão brasileiro é o corpo sensual, geralmente, como são conhecidos os brasileiros.
Os negros que atuam na novela são pessoas trabalhadoras e que enfrentam dificuldades e sofrem preconceitos. Um deles também é esquizofrênico, possue habilidades incríveis e é discriminado devido sua doença.
A escola que aparece na novela é totalmente fora dos padrões. A maioria dos alunos não procura aprender, apenas se divertem com as situações que criam para chamar a atenção. Os pais, quando são chamados à escola, dizem que os culpados são s professores e a direção, com isso se perde totalmente o controle e o que deveria ser uma aula é transformado em um campo de batalha.
A música e a dança se fazem presente tanto na cultura indiana como na brasileira. As indianas com suas danças treinadas e que são passadas de mãe para filha e as brasileiras com o que aprendem em casas de dança, como a Gafieira.
A busca pelo dinheiro e poder é abordada na novela através de personagens ambiciosos, que se passam por mocinhos para conseguir colocar todos os seus planos em prática. Os ingênuos são envolvidos nas tramas e sofrem consequências terríveis.
A influência da novela está no vocabulário, pois muitas pessoas acrescentaram palavras como are baba, tik he, shalu, dadí, mamadí e outras, além de expressões como “vou me atirar no poço”. Também ressurgiu a moda de usar muitas pulseiras e roupas com estampas chamativas.
A sociedade brasileira pode sentir que alguns aspectos apresentados pela novela, podem influenciar em decisões que algumas pessoas precisam tomar frente a seus problemas, como ser mais esperto e atento aos que o rodeiam e ter cuidado com aqueles que tentam tirar proveito de todas as situações. E ainda encontrar situações idênticas a realidade como a traição de Norminha e a inocência e Abel e a dificuldade de adaptação dos estrangeiros à novas culturas.
Se pudesse reescrever a novela, mudaria muita coisa. A morte forjada do personagem Raul, que trouxe muitos sofrimentos, o mocinho que virou vilão (Bahuan), a ingenuidade da personagem Sílvia e o descaso que a família faz da doença de Tarso, a inocência do personagem Abel e sua inteira confiança em sua esposa Norminha.



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