BLOG DA THAYS

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Projeto de Estampa Monotipia e Colagraf

Universidade Aberta do Brasil – UAB/UnB
Instituto de Artes
Departamento de Artes Visuais
Licenciatura em Artes Visuais
Estágio Supervisionado 2
Professoras Autora: Rosana de Castro
Professora Supervisora: Lisa Minari
Professora Tutora: Cristina Candida Brites
Discente: Núcia Sabóia Ferreira
Thays Mara Almeida do Carmo
Miriam Lima de Souza Santana

PROJETO DE TRABALHO
Técnicas de Estampa – Monotipia e Colagraf


Introdução
A arte está presente em todas as etapas da evolução humana como atividade ligada a manifestações. Para se realizar essas atividades foram desenvolvidas, ao longo dos tempos, diversas técnicas que sintetizaram a utilização dos recursos acessíveis e as habilidades ocultas, que afloraram a partir da necessidade de sua aplicação.
O interesse em realizar um projeto voltado para técnicas de estampa surgiu da verificação da necessidade de levar informações teóricas e práticas sobre a praticidade de realizar trabalhos de maneira alternativa. As técnicas escolhidas foram monotipia e colagraf no intuito de que os alunos se sintam motivados a experimentação e ao desejo de produzir a partir do contato direto com a prática oferecida.
Segundo Arslan e Iavelberg “Os projetos motivam os alunos, pois seus interesses e curiosidades têm espaço na sala de aula.” (ARSLAN-IAVELBERG, p.105) focalizando a importância de se trabalhar por projetos, visto que o interesse dos estudantes é maior e o conhecimento centrado em atividades práticas.
Apresentar técnicas que podem ser realizadas com materiais alternativos trará resultados surpreendentes. Os alunos irão valorizar um pouco mais o ensino das artes em sala de aula.
O público-alvo são alunos da turma de 5ª série (6º ano) da Escola Estadual de Ensino Fundamental Instituto Santa Juliana, que tem entre 10 e 12 anos, devido à curiosidade presente nos mesmos e da necessidade de aprofundar os conhecimentos práticos e desenvolver suas habilidades.
Justificativa:


Através desse projeto estaremos oportunizando a experimentação de técnicas artísticas simples, procurando envolver o aluno com conhecimentos que possibilitem o desenvolvimento de suas habilidades, orientando o respeito à individualidade, necessidade e as limitações de cada aluno, visto que possuem necessidades educacionais diferentes, origens distintas e devido a isso a troca de experiências é fundamental para a geração de um ambiente participativo, criativo e colaborativo.
Buscando, ainda, desenvolver o pensamento crítico frente aos questionamentos que surgirem no processo, no intuito de fazer com que o mesmo principie a se interar da necessidade de compreensão de técnicas das quais pode fazer uso sem restrições, além de levar à comunidade o resultado do processo.


Objetivo Geral:
• Identificar como as técnicas artísticas se aproximam da pintura através da apresentação dos elementos básicos do processo de colagraf e monotipia permitindo a livre expressão pessoal a partir da experimentação com base na teoria.

Objetivos Específicos:
• Abordar as técnicas de estampa e seus reflexos na cultura contemporânea;
• Discutir apontando as particularidades de cada técnica apresentada;
• Ampliar a compreensão a partir acerca da construção de conceitos sobre monotipia e colagraf;
• Familiarizar os alunos com as técnicas;
• Comparar as possibilidades oferecidas por materiais simples e de fácil aplicação;
• Desenvolver suas habilidades artísticas com produções de monotipia e colagraf;
• Estabelecer relação comunicativa com as produções;
• Estimular a reflexão e a criatividade através do trabalho executado;
• Organizar a exposição dos trabalhos realizados.


Avaliação:
A partir da exposição oral dos conceitos e procedimentos de monotipia e colagraf os alunos irão iniciar seus registros escritos relatando o entendimento acerca do que foi apresentado. Seguido da socialização dos registros.
Durante o processo de produção de cada técnica será observado o envolvimento e o desempenho dos alunos, a utilização dos materiais disponíveis e a aplicação das técnicas. Para Arslan “Acompanhar o processo de criação dos alunos é mais importante que exigir resultados em produções isoladas.’’ (ARSLAN-IAVELBERG p. 88), orientando sobre a importância do acompanhamento do processo, da observação e do envolvimento dos alunos com o que é disponibilizado.
Depois de encerrar os processos de produção e exposição dos trabalhos realizados os alunos continuarão a redigir seus registros, expondo a sequência de trabalho, as produções que fizeram, o porquê das produções e o conhecimento adquirido durante todo o processo.
Finalizando com a socialização oral, debatendo e discutindo o aprendizado, com base na citação de Arslan que diz: “Para avaliar os trabalhos práticos, é preciso documentá-los, datá-los e retomá-los de tempos em tempos com os alunos’’ (ARSLAN, p. 87) de onde se percebe a real necessidade de rever o ponto de partida para verificar os avanços e os conhecimentos adquiridos no processo.


Atividades de avaliação:
A execução e avaliação por meio de atividades fazem com que o orientador possa acompanhar o processo de desempenho e desenvolvimento das habilidades dos alunos e compreender seu contexto social a partir de suas produções. Segundo Hernández, “As imagens são mediadoras de valores culturais e contem metáforas nascidas da necessidade social de construir significados.” (HERNÁNDEZ, p. 133) orientando que através da leitura das imagens produzidas é possível perceber as influências sociais e culturais dos estudantes e seus anseios.
Aula 1: Iniciar a aula fazendo alguns questionamentos sobre as duas técnicas que iremos estudar. Por exemplo, o que vocês sabem sobre estamparia? Já ouviram falar de monotipia e colagraf? O que sabem a respeito dessas técnicas? Após esta breve discussão oral explicar para os alunos que as técnicas monotipia e colagraf são um processo de criação de imagens que permitem apenas uma impressão. Após esta explicação os mesmos começarão seus registros escritos para expor seu entendimento sobre o conteúdo apresentado. Em seguida cada aluno ira socializar aquilo que conseguiu compreender.
Aula 2: Levar exemplos de suportes que são utilizados na técnica monotipia como azulejo, vidro, ou uma placa de alumínio e dizer que estes são suportes laváveis e podem ser usados sempre. Exemplificar uma impressão de monotipia desenhando com os dedos e tinta guache pastosa, sobre um suporte de vidro do tamanho de folha de papel A4, tendo em vista que a impressão do desenho será em papel A4. Apresentar aos alunos a inversão da imagem após a impressão.
Aula 3: Pedir para que os alunos elaborem algumas imagens de acordo com suas realidades culturais. Por exemplo, os lugares onde vocês mais gostam de estar, como áreas de lazer, praça, igreja e outros que disponham de elementos que os auxiliará na escolha de uma melhor imagem a ser trabalhada, devendo os traços ser rápidos e sem o interesse em detalhes. Preparar com antecedência para esta aula os seguintes materiais: tinta guache pastosa de diferentes cores, papéis A4, cartolina ou cartão em tamanhos que ultrapassem 3 cm a medida dos suportes laváveis e lisos como azulejo, vidro ou placa de alumínio.
Aula 4: Após a escolha das imagens, pedir que os alunos pintem com os dedos ou cotonetes sobre a superfície lisa de vidro ou azulejo usando a tinta guache, alertando que a pintura deve ser feita com rapidez para evitar que a tinta seque antes do momento desejado. Entregar aos alunos uma folha de papel (A4, cartolina ou cartão) para a impressão, no centro do papel, da pintura realizada no azulejo, pressionando levemente e retirando o azulejo com cuidado. Está pronta a monotipia. Deixar secar.
Aula 5: Retomar com os alunos o trabalho da aula anterior, suas impressões e percepções. Expor suas produções no pátio da escola e requisitar que os alunos façam leituras dos trabalhos. Provocar questionamentos sobre “o que vejo o que penso e o que é”, iniciando, assim, um exercício de leitura de imagem. Encerrar a atividade, pedindo uma avaliação oral dos alunos sobre a vivência da monotipia.
Aula 6: Para melhor apresentar a técnica colagraf, pedir para os alunos levarem pedaços de papelão, papel cartão, barbante, folhas de árvores, cola branca e verniz dentre outros elementos para juntos construírem as matrizes que serão utilizadas para a impressão dos trabalhos. Pedir que na aula seguinte levem materiais como tinta guache, pincel e rolo para entintar as matrizes. E papel para a impressão.
Aula 7: Após a secagem do verniz das matrizes e com o material necessário em mãos, começa o processo de pintar as matrizes com uma certa rapidez para que a tinta não seque antes do momento previsto. Em seguida começa a impressão das imagens com rolo de madeira ou colher de pau.
Aula 8: Retomar os trabalhos anteriores, se necessário esperar a secagem para selecionar as melhores imagens impressas e organizá-las para a exposição.
Aula 9: Organizar uma apresentação em slide e apresentar as produções em datashow, onde toda a comunidade escolar possa apreciá-los e fazer uma leitura das obras apresentadas. Cada imagem criada pelos alunos tem um título, então é importante que vocês comunidade estejam atentos tanto ao título quanto à própria imagem para que possam entender o que cada obra tem a dizer, dessa forma, os educandos sentirão que seus trabalhos estão sendo valorizados pela comunidade escolar em que estão inseridos.
Aula 10: Socialização dos registros escritos sobre a experiência de criar imagens com ferramentas tão simples como papelão e folhas de árvores. Relatando também seu processo de desenvolvimento artístico prático com as técnicas experimentadas e ainda a sensação de expor seus trabalhos para toda a comunidade escolar.
Para Hernández “A educação organiza o conhecimento privado em relação às formas públicas de representar o mundo.” (HERNÁNDEZ, p. 129) saliento a necessidade de formular as ideias sobre a representatividade do mundo e da cultura visual dentro de seu contexto.


Equipamentos e materiais didáticos necessários para o desenvolvimento das aulas:
Notebook
Datashow
Extensão
Câmera digital
Azulejo, placa de vidro ou de alumínio
Tinta guache e tinta óleo pastosa de cores diversas
Papel A4, pedaços de cartolina, papel cartão ou papelão
Barbante, folhas de árvore, fita crepe
Cola branca
Verniz
Pincéis de tamanhos diferentes
Rolo de madeira ou colher de pau
Clips




Bibliografia:

HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho/ Fernando Hernández; tradução Jussara Haubert Rodrigues. – Porto Alegre: Artmed, 2000.
ARSLAN, Luciana Mourão. Ensino de arte / Luciana Mourão Arslan, Roa Iavelberg. – São Paulo: Thomson Learning, 2006. – (Coleção ideias em ação / coordenadora Ana Maria Pessoa de Carvalho)

Sites de pesquisa:
Técnica monotipia. Disponível em: acesso em 16 abril de 2010.

TRAVENSOLLI, Rafaela. Projeto Gráfico: em busca de atividades de avaliação. Disponível em: acesso em 02 de maio de 2010.

ESTELLS, Mirela. Faça desenho com a técnica monotipia. Busca de atividades de monotipia. Disponível em: acesso em 02 de maio de 2010.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

EXPOSIÇÃO TECART

Os Acadêmicos de Licenciatura em Artes Visuais da UAB/UNB tem a honra de convidar a comunidade em geral para participar da Exposição TECART.
Local:
CEDUP – Centro Estadual de Educação Permanente, Rua João Marçal, Bairro CSU, antigo Centro Social Urbano
Data: Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Horário: De 18h às 22h


Agradecemos desde o presente sua participação!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Intervenção Urbana















Realizado em frente ao Cedup, dia 07 de dezembro de 2010 pelos alunos do curso de Licenciatura em Artes Visuais UAB1

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Trabalhos de um artista local






A arte possue diversos ramos e com isso possibilita a combinação de técnicas e até mesmo a descoberta de novidades, que muitas vezes são aceitas abertamente e outras deixam o espectador transtornado.
Mas, a diversidade de opiniões é típico do ser humano. Geralmente o mesmo aceita apenas o que considera agradável a seus olhos e não valoriza o esforço e a dedicação de artistas que estão em seu próprio convívio social.
Durante uma pesquisa sobre artistas locais para a realização de um trabalho da disciplina Arte Popular, do Curso de Artes Visuais, encontramos um pintor simples, porém dedicado e muito criativo que busca mostrar sua forma de sentir o mundo e modificar o ambiente em que vive, sem dar importância às críticas e a aceitação da sociedade.
O nome do artista é Ademilton Alves de Lima, que reside em nossa cidade (Sena Madureira) e cria obras interessantes com tinta acrílica e pigmentos.
A seguir algumas imagens de obras realizadas pelo artistana parede de sua casa e em uma tela.

domingo, 11 de julho de 2010

Exposição Estilos Contemporâneos






Mostra de projetos desenvolvidos na disciplina de Laboratório de Poéticas Contemporâneas

quinta-feira, 10 de junho de 2010

As muitas Marias

É impressionante como o posicionamento e as atitudes de uma pessoa dependem diretamente do ambiente em que está inserida. Tanto que as histórias dessas pessoas possuem características semelhantes, fazendo com que atitude de quem sobrevive do esforço físico precoce não permita mudanças em sua própria história.
Podemos dizer que grande parte da população brasileira vive em um ambiente de simplicidade devido a poucos recursos. Observando os acontecimentos em “Vida Maria” notei que as atitudes, posicionamento e expressividade são resultantes do próprio meio em que estão inseridos e da falta de orientação educacional as expectativas de mudanças sejam substituídas pela necessidade de garantir a sobrevivência. E essa situação não é novidade, o abandono do estudo pela necessidade de trabalhar é algo que persiste a muitos anos, sendo um dos maiores empecilhos encontrados por crianças residentes em pequenas cidades e de baixa renda.
As histórias e as experiências se assemelham e se repetem mostrando a luta pela sobrevivência, onde não existe a concepção de que os meios educacionais abrem caminho e podem transformar a trajetória árdua em um caminho de realizações e conquistas almejadas por muitos, mas reprimidas pela dureza da realidade existente e sufocadas pelo cansaço físico. Resultando em ignorância sem limites e dando continuidade a um círculo infinito.
O esforço exigido pelo trabalho físico desgastou e fez com que cada uma das Marias deixasse seu interesse em aprender algo novo esquecido e registrado em um único caderno. Mesmo tendo imaginado a conquista de uma vida diferente, a falta de incentivo e a represália mostram esse anseio como impossível e com o passar do tempo e as barreiras que surgem se tornam imensas muralhas e adquirem proporções alarmantes.
Os programas sociais disponibilizados para que as crianças permaneçam na escola, não chegam a essas famílias devido à falta de planejamento e de empenho dos responsáveis. Logicamente se uma criança, em idade escolar, encontra apoio e incentivo jamais irá abandonar os estudos e terá um desempenho ótimo. Com isso, a contribuição com o desenvolvimento educacional, profissional e social seria notável, além do crescimento pessoal e do prazer de vivenciar novas experiências.
Portanto, o ambiente em que a pessoa vive, a repetição de histórias e o desgaste a partir do trabalho precoce me fazem refletir sobre algo tão indispensável que é o cuidado com o ser humano. Como Maria José, Maria de Lurdes, Maria da Conceição e muitas outras têm que abandonar seus sonhos, seus objetivos para cumprir com obrigações incompatíveis com seu desenvolvimento físico e emocional, adquirindo as mesmas posições vividas por seus responsáveis. O que há de errado com os programas sociais criados para ajudar essas famílias? Talvez não chegue a elas por que estão à margem da sociedade. Enquanto isso, muitas e muitas Marias continuam essa triste trajetória.
As esperanças sufocadas nessas famílias me fizeram lembrar uma desabafo que uma mãe disse a seu filho após ver o resultado de suas notas “Meu filho, a única herança que posso deixar pra você é o estudo, faço das ‘tripas’ coração pra que você tenha a oportunidade que não pude ter.” e depois continuou contando sua trajetória idêntica a de muitas Marias, inclusive esse era seu nome, não estudo devido a necessidade de ajudar seus pais, depois casou teve muitos filhos e o tempo não deixou que ela retornasse.
Por isso, deve haver mudanças em nosso âmbito educacional, todos devem agir e encontrar meios de transformar essa realidade e impedir a reprise dessas histórias.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ponta Seca

Trabalho realizado através da técnica Ponta Seca
Disciplina: Atelier de Artes Visuais 3
Curso Licenciatura em Artes Visuais


Imagens do projeto, preparação da matriz, matriz e impressão em papel canson A4




Monotipia




Trabalhos da disciplina de Atelier de Artes Visuais 3
Curso Licenciatura em Artes Visuais
Ano: 2009